Seringal Ipixuna, 1943 – 2023
Região do Baixo Acre
Filho de mãe amazonense e pai cearense, aprendeu o ofício do corte de seringa ainda criança com seu pai e é personalidade importante na salvaguarda da memória cultural do estado do Acre. Mestre da Marujada Brig Esperança, teve seu primeiro contato com o folguedo na cidade de Cruzeiro do Sul através do Mestre Osvaldo Galeno no extremo oeste do estado do Acre. O festejo da marujada acontece basicamente nos carnavais, nele se canta, samba, marcha e valsa, acompanhados de banda de música e dois cordões de dançarinos, chamados de brincantes,
entre eles estão os marinheiros, oficiais. O enredo das canções é envolvido por uma parte dramática versando sobre o tempo da escravidão, os navios negreiros e a travessia do mar. Em 2001, através de uma parceria com o departamento de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), Mestre Aldenor remontou na cidade de Rio Branco o grupo de Marujada chamado Marujos da Alegria que não teve continuidade por falta de incentivo e recursos. O que não lhe desesperançava, anos mais tarde montou o grupo Clube da Marujada junto com outros importantes pioneiros do folguedo no estado, como a sra. Zuleide S. Cordeiro e Chico Bruno. Trabalhou no Parque Capitão Ciríaco, administrado pela Fundação Garibaldi Brasil, onde cortava seringueiras, defumando e produzindo “pélas” de borracha pelo método tradicional. Durante as gravações da minissérie “Amazônia: de Galvez a Chico Mendes” foi consultor da autora Glória Perez e de sua equipe, acompanhando diariamente o processo de filmagens sendo importante instrumento de embasamento histórico, humano e social dos contextos da obra. Firmou com alegria o comando da Marujada Brig Esperança por mais de anos, cantando e dançando todos os anos em apresentações durante o Carnaval na cidade de Rio Branco. Faleceu no ano de 2023.
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