Antônio Pedro

Alto Rio Envira, 1941 – 2016 Rio Branco
Feijó | Acre

Em sua infância e adolescência conviveu com diversas etnias indígenas, em especial os Huni Kuin, Madija e Shanenawa. Antônio Pedro acompanhava de seu pai nas festas do mundo não indígena, os tradicionais bailes seringueiros, que aconteciam nos festejos de santos, aniversários, carnavais, bailes de salão e adjunto (mutirão) de roçado. Aprendeu harmônica, violão e cavaquinho e aos 13 anos teve sua primeira composição através da Ayahuasca, o enverseio Passo da natureza. Em sua comunidade era conhecido como curador, uma vez que também não havia acesso à assistência médica na região. Nessa época, recebeu muitos enverseios e formou seu panteão com encantados armoriais nordestinos, xamanismos de fauna e flora, pajés e encantes da Ayahuasca. Em 2007 iniciou uma parceria com o músico Alexandre Anselmo, com o qual criou o projeto Baquemirim, realizando oficinas de música, lutheria, registros, pesquisa, educação patrimonial e produção artística. Sua discografia é composta por quatro obras: Passo da Natureza (2010), Baile do Seringueiro (2010), Baque do Acre I e II (2012/2016). Antonio Pedro faleceu em 26 de setembro de 2016 aos 76 anos.

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